Voo chegando
atrasado, voo saindo atrasado, turbulência, imprevisto, chuva, sol, calor,
barco, balsa, lancha, táxi boat, trilha, cachoeira, praia, mergulho, naufrágio,
gopro, estátua submersa, moréia, ônibus, bicicleta, caminhada, garçom, pérolas,
amigos, gringos e turistas, estrada, inglês, espanhol, "aui mauê, samba,
regaton, cumbia, forró, história, arte, química, aventura, emoção... Foi mais
ou menos assim a viagem "De Cuiabá á Ilha Grande".
Não foi uma
viagem super planejada, não comecei a pesquisar com 3 meses de antecedência,
mas foi melhor de todas as que já fiz. E a mais corajosa devo assim dizer. Comecei a
planejar um fim de semana para Ilhabela no início de dezembro. No início de
Janeiro tudo mudou, acabei conseguindo a semana inteira de folga e decidi
estender a viagem.
Foto: Arquivo Pessoal |
Cancelei a passagem de volta do dia 01/02 e comprei
para dia 07/02. A ida: Cuiabá - Guarulhos e a volta Rio de Janeiro - Brasília -
Cuiabá. Não planejei nos mínimos detalhes como faria esse percurso, quantos
dias ficaria em cada lugar que eu passasse. Não usei GPS, Maps, e tudo mais.
Segui meu coração com apenas um mapa físico nas mãos. Além das passagens, o que
tinha deixado organizado era a passagem de ônibus de Guarulhos para São
Sebastião(que por sinal eu perdi) e os horários dos ônibus para fazer o
percurso: São Sebastião - Caraguatatuba - Ubatuba - Paraty - Angra dos Reis -
Ilha Grande. Ah, de Angra para Vila Abraão o único acesso é pelo mar, então os
horários que tinha anotado foi dos barcos, escunas e barca. Deixei marcado
também o mergulho de Ilhabela, qual operadora procurar em Vila Abraão, qual
hostel procurar em Paraty caso decidisse ficar por lá e o de Ilha Grande.
Foto: Arquivo Pessoal |
Não viajei em
ônibus confortáveis e muito menos albergues, nem todos era bem limpos, nem
tinha piscina, alguns quartos eram mistos, nem todos tinham armários, mas senti
de coração a energia boa dos lugares, independente de onde estivesse. A viagem
por sinal não teve luxo algum. Não ligava pra bagunça da mala, do peso da
mochila nas costas, ou de viajar de short pijama, chinelo e cabelo sem alisar.
Eu estava bem, longe de tudo, das preocupações, da família, do trabalho, do
cachorro, da bagunça urbana. Por dias fiquei sem internet e só usava a wi-fi do
hostel. Levei meu tênis que só usei para ir e voltar de avião, nem nas trilhas
eu usava. Maquiagem achei melhor não levar, mas depois acabei mudando de ideia,
que por sinal não resolveu... só fez volume na mala. A vaidade ficou em casa.
Amei os lugares
que passei. Em Paraty fiquei apenas uma noite e foi uma das melhores, mais
movimentadas, malucas e diferentes das viagens que passei. Com direito a muita
caipirinha e conversa com gringos.. me lembrou até um canal do youtube que sigo
chamado Ypioca com vídeos "Vamos Brazilizar?". Conversar com gringos
sobre o Brasil.
Não passei fome
e a sede que eu passei foi de conhecimento e aventura. Quanto à água... bom,
comprava garrafas de água de 1,5 e bebia no "bico" por que era mais
econômico e divertido.
Foto: Arquivo Pessoal |
Voltei pra casa
e há quase duas semanas depois de voltar é que me adapto a rotina. Ainda com a
mente cheia e turbulenta de tudo que vivi. Ainda não estou planejando uma
próxima distante, apenas no Estado de Mato Grosso. Tenho alguns projetos
pessoais para cumprir e isso vai me demandar tempo e custo. Mas quando for para
ir longe de novo... Será maravilhoso.
Mais detalhes
dessa viagem nos próximos posts.