terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

De Cuiabá á Ilha Grande

Voo chegando atrasado, voo saindo atrasado, turbulência, imprevisto, chuva, sol, calor, barco, balsa, lancha, táxi boat, trilha, cachoeira, praia, mergulho, naufrágio, gopro, estátua submersa, moréia, ônibus, bicicleta, caminhada, garçom, pérolas, amigos, gringos e turistas, estrada, inglês, espanhol, "aui mauê, samba, regaton, cumbia, forró, história, arte, química, aventura, emoção... Foi mais ou menos assim a viagem "De Cuiabá á Ilha Grande".
Não foi uma viagem super planejada, não comecei a pesquisar com 3 meses de antecedência, mas foi melhor de todas as que já fiz. E a mais corajosa devo assim dizer. Comecei a planejar um fim de semana para Ilhabela no início de dezembro. No início de Janeiro tudo mudou, acabei conseguindo a semana inteira de folga e decidi estender a viagem.

Foto: Arquivo Pessoal
Cancelei a passagem de volta do dia 01/02 e comprei para dia 07/02. A ida: Cuiabá - Guarulhos e a volta Rio de Janeiro - Brasília - Cuiabá. Não planejei nos mínimos detalhes como faria esse percurso, quantos dias ficaria em cada lugar que eu passasse. Não usei GPS, Maps, e tudo mais. Segui meu coração com apenas um mapa físico nas mãos. Além das passagens, o que tinha deixado organizado era a passagem de ônibus de Guarulhos para São Sebastião(que por sinal eu perdi) e os horários dos ônibus para fazer o percurso: São Sebastião - Caraguatatuba - Ubatuba - Paraty - Angra dos Reis - Ilha Grande. Ah, de Angra para Vila Abraão o único acesso é pelo mar, então os horários que tinha anotado foi dos barcos, escunas e barca. Deixei marcado também o mergulho de Ilhabela, qual operadora procurar em Vila Abraão, qual hostel procurar em Paraty caso decidisse ficar por lá e o de Ilha Grande.

Foto: Arquivo Pessoal
Não viajei em ônibus confortáveis e muito menos albergues, nem todos era bem limpos, nem tinha piscina, alguns quartos eram mistos, nem todos tinham armários, mas senti de coração a energia boa dos lugares, independente de onde estivesse. A viagem por sinal não teve luxo algum. Não ligava pra bagunça da mala, do peso da mochila nas costas, ou de viajar de short pijama, chinelo e cabelo sem alisar. Eu estava bem, longe de tudo, das preocupações, da família, do trabalho, do cachorro, da bagunça urbana. Por dias fiquei sem internet e só usava a wi-fi do hostel. Levei meu tênis que só usei para ir e voltar de avião, nem nas trilhas eu usava. Maquiagem achei melhor não levar, mas depois acabei mudando de ideia, que por sinal não resolveu... só fez volume na mala. A vaidade ficou em casa.
Amei os lugares que passei. Em Paraty fiquei apenas uma noite e foi uma das melhores, mais movimentadas, malucas e diferentes das viagens que passei. Com direito a muita caipirinha e conversa com gringos.. me lembrou até um canal do youtube que sigo chamado Ypioca com vídeos "Vamos Brazilizar?". Conversar com gringos sobre o Brasil.

Não passei fome e a sede que eu passei foi de conhecimento e aventura. Quanto à água... bom, comprava garrafas de água de 1,5 e bebia no "bico" por que era mais econômico e divertido.

Foto: Arquivo Pessoal
Voltei pra casa e há quase duas semanas depois de voltar é que me adapto a rotina. Ainda com a mente cheia e turbulenta de tudo que vivi. Ainda não estou planejando uma próxima distante, apenas no Estado de Mato Grosso. Tenho alguns projetos pessoais para cumprir e isso vai me demandar tempo e custo. Mas quando for para ir longe de novo... Será maravilhoso.


Mais detalhes dessa viagem nos próximos posts.