quarta-feira, 12 de março de 2014

Segundo dia...

Os dias seguintes não podiam ter sido melhores. Foram melhores porque eu fui atrás e fiz tudo do jeito que eu queria, melhor do que planejei. Após o café da manhã e trocar algumas dias com o recepcionista do Hostel, peguei minha bolsa, R$50,00(fui aconselhada a não sair com muito dinheiro e cartão)  e saí rumo a praia de Copacabana. Andei um pela orla de Ipanema e do Arpoador e como ainda era início da manhã, muitas pessoas aproveitam para fazer atividades físicas, então a manhã ainda estava bastante movimentada, e claro, muitos cumprimentos de Bom dia, idosos, policiais, bastante receptivos os cariocas. Por alguns minutos parei para observar aquela bela visão da praia de Ipanema e um belíssimo moreno, professor de stand up. Voltei a atenção para o caminho e segui rumo a Praia de Copacabana.

A primeira parada foi no forte de Copacabana… Saindo de lá ainda parei pra tirar foto com a Estátua de Dorival Caymmi e segui rumo a praia. Após me instalar em um pedaço de areia fui mergulhar no mar… Depois de muitos caldos  desisti rsrsrs… Voltei pra tomar sol. Um salva-vidas que estava sentado por perto começou a conversar comigo e, percebendo ser uma “novata” com praias, me deu algumas orientações. A primeira delas foi em relação às placas de sinalização que tem em todas as praias(pelo menos as do rio), isso evitava que eu entrasse em ou que a minha atenção redobrasse em locais com grande perigo. A segunda foi em relação às ondas, para evitar os famosos “caldos”, afinal, querendo ou não, uma hora eles poderiam levar além de mim, meu biquíni também rsrsrs. E claro, não podia faltar, atenção também com os objetos deixados na areia… Sabe aquela história de que o RJ é perigoso? Não é história, é pura verdade, e ele não foi o único carioca a me alertar sobre isso.

Aproveitando a praia, aproveitei para comprar umas bugigangas de praia… Canga, chapéu, comprei o tão falado biscoito O globo e assim segui a tarde, intercalando entre tomar sol, cochilar na sombra do guarda-sol, mergulhar, e então voltei sentido Ipanema.

Não só meu roteiro, como também meu coração me fez parar na Pedra do Arpoador para assistir o por-do-sol mais lindo do Rio de Janeiro. Enquanto observava o entardecer, senti alguém se projetar ao meu lado… Era o moreno charmoso que vi na manhã dando aula de stand up na praia. Conversamos por algum tempo e, me falando sobre ele, soube que era também professor de natação e que estava habituado a descer na piscininha do arpoador. Por curiosidade quis saber onde era, mas ao olhar, não tive nem um pouco de vontade descer, aliás, só tive medo. Estávamos sentado na pedra do arpoador e a piscininha, é uma pequena área ao pé da pedra, com visão apenas para o mar. É lindo, porém perigoso. Ela é formação de rochas, regada a todo momento com as ondas. O único acesso a ela é uma escalada, tanto para descer, quanto para subir, pela pedra, sem cordas, sem segurança alguma. Olhando aquela formação no fim de pedra, o desejo de descer até lá vou me consumindo, mesmo sabendo o risco que correria. Dei um salto de onde eu sentava e avisei o moreno,
- Eu vou.



Com toda tranquilidade ele pegou a minha bolsa e meu chinelo, e foi descendo a minha frente me passando orientações. Apesar do medo e do equilíbrio, consegue descer até ela, mas o pior ainda estava por vir... eu não tinha forças suficientes para aguentar as ondas, e como já conhecia a região, ele não deixou que eu entrasse sozinha. 


No fim, apesar do medo, da água geladíssima e da falta de equilíbrio, escalei de volta até o topo da pedra e aproveitei o por-do-sol, me sentindo outra pessoa.


Voltando para o hostel depois de escurecer, apareceram dois novos hóspedes no quarto: o Raquel e o João. Era um casal de amigos vindos de Minas Gerais. Nos juntamos para tomar um chopp na Cervejaria Devassa e proseamos até altas horas da madrugada.

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